sexta-feira, 3 de junho de 2016

Estágio EJA - 05/05/2016

OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
Quinto dia de estagio no EJA um dia muito especial, pois era o dia da festa do dia das Mães. Neste dia combinei com a professora para chegar mais cedo para arrumarmos e prepararmos a sala para o nosso delicioso chá, arrumamos a sala preparamos o chá e verificamos o filme antes dos alunos chegarem.
Os alunos começa achegar sete horas da noite e a professora solicita que eles se dirigiam para outra sala para assistir o filme assim que eles chegam à sala os alunos ficam impressionados como o tamanho da imagem do filme, pois o filme seria passado na data show assim que todos chegam à professora começa a passar o filme.

O filme que seria passado era Um Sonho Possível neste filme conta uma linda história baseada em fatos reais de um rapaz que foi separado de sua mãe e dos seus irmãos quando ainda era criança e que sem ninguém, termina virando um mendigo. Ele desperta a atenção de Leigh Anne, que logo se prontifica a ajuda-lo e depois adotá-lo como filho. No filme mostra que os sonhos são possíveis. Michael o ator principal ia mal na escola com médias baixíssimas, mas aquela família acreditou nele. A sua professora particular acreditou nele. Uma professora de sua escola acreditou que ele tinha capacidade de aprender. Com certeza isso não foi fácil para Michael. Ele tinha dificuldade nos estudos e conseguir aprender tudo aquilo e conseguir tirar uma boa média para ganhar uma bolsa de estudos esportiva com certeza foram grandes desafios. E ele teve que se esforçar muito para isso, para superar a suas dificuldades e vencer o desafio.
Um Sonho Possível é uma linda história de superação e amor. Nos mostra que com fé e esforço é possível realizar os nossos sonhos, e isto e algo motivado para os alunos do EJA e também retrata que com amor podemos fazer o mundo melhor do que com ódio, inveja, violência e preconceito. 
No momento do filme pude observar a alegria deles de poder parar e assistir o filme como os colegas, muitos deles disseram que não se lembrava a ultima vez que tinham assistiu um filme.
Os alunos do EJA aonde eu fiz estágio são muito dedicados e participativos e participam de tudo que é proposto em sala. Foi muito gratificante ter passado este tempo com eles e com a professora.



 A professora é uma pessoa muito dedicada com o seu trabalho e que sempre busca ampliar os conhecimentos dos seus alunos, apesar de ser uma turma que tem vário nível de conhecimento ela como muito esforço e dedicação consegue realizar muito bem seu trabalho. Como este era o meu ultimo dia de estagio preparei uma lembrancinha para eles, pois como eu mesmo disse para eles que eu só tinha a agradecer por ter tido o privilegio de estagiar nesta turma. 
 


Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.


                                                       Paulo Freire


Estágio EJA - 04/05/2016

OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
Quarto dia de estagio no EJA. Ao chega à escola encontro à professora e ela solicita que eu auxilie ela providenciar algumas coisas para festa do dia das mães. A professora solicita que eu baixei um filme Uma Mãe em Apuros na internet fique por algum tempo procurando o filme na internet, mas por se tratar de um filme de 2009 eu não consegui abaixar. Devido à falta do acesso ao filme e por orientação da pedagoga a professora mudou o filme para Um Sonho possível da Sandra Bullock. Após baixar o filme à professora solicitou que eu produzisse uma lembrancinha para eles, era uma lembrancinha simples feito de e.v.a, ao terminar de produzir a lembrancinha eu retornei para sala.
 Ao chegar à sala percebi que a professora estava trabalhando com folha de atividades pronta, e que cada aluno tinha uma atividade diferente e que se tratava de atividades de português.  
Neste dia pude perceber que a professora estava muito preocupada e que ela não tinha preparado um conteúdo para a aula, e logo os alunos também notaram e ela acabou comentando que a mãe dela tinha passado mal à tarde e que ela esta muito nervosa, neste momento pude perceber que toda a turma se sensibilizou e começaram a falar coisa para acalmar a professora.
A cada dia que fico no estagio de EJA saio mais surpresa, pois o respeito como a professora e a professora como os alunos e muito grande, este dia os alunos não trabalharam conteúdo didático, mas deram uma aula de respeito e de carinho com o próximo, notei que eles tentaram retribuir o carinho da professora e demostraram este sentimento no momento em que ela mais estava precisando.
O estagio de EJA foi extremamente gratificante para mim, pois este carinho e cuidado o respeito de professor como o aluno e aluno como o professor eu ainda não tinha visto na sala de aula. Pois como já dizia Paulo Freire [...] na escola não é só educar, não é só trabalhar, a também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver [...].

A ESCOLA

PAULO FREIRE

“Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.




FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. ed. 37. São Paulo: Paz e Terra. 2008

Estágio EJA - 02/05/2016

OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
Terceiro dia de estagio na EJA, este dia foi bastante agradável pude conversar com a professora antes dos alunos chegarem, e ficar sabendo sobre uma homenagear que ela esta planejando para os seus alunas que são mães ela me disse que planeja de passar um filme para eles assistirem e fazer uma noite do chá um momento de descontração e também de valorizar os esforços das suas alunas que são mães. Neste momento me coloquei a disposição para ajudar ela organizar este dia.
Os alunos começam a chegar para aula, eles como todo dia chegam e lancham e conversão um pouco antes de iniciar a aula. Naquele dia todos iriam fazer a mesma atividade até a aluna que eu estava acompanhado na sala, a professora iria trabalhar com eles o gênero textual poema, ela escreveu um poema no quadro que se chama “Mães Diferentes” o nome da autora do poema é Isabel Cristina Silveira Soares.  Este poema aborda os diferentes tipos de mães e também valoriza a educação e amor das outras pessoas que assume este papel de mãe como avós, tias, madrinhas e madrastas. 

A professora solicita que os alunos copiasse no caderno o poema e assim que todos eles acabam ela lê o poema explicar o formato de um poema que ele tem verso e estrofe e faz uma leitura com eles e em seguida e depois uma leitura em grupo e para finalizar uma leitura individual em voz alta. Neste momento pude verificar o nervosismo deles em ler sozinho mais a professora é muito atenciosa e os incentiva a treinarem a leitura e que aquilo não era para envergonha-los mais para praticar a leitura, todos eles fazem sua leitura alguns quase se dificuldade e outros com bastante dificuldade mais nem um se recusa de ler poema. Em seguida a professora passa sete atividades relacionadas ao poema e eles fazem as atividades com bastante calma e dedicação e quase não apresentam dificultes. 


Pude aprender neste dia que para trabalhar no EJA precisa ter bastante calma e amor, pois eles são muito inseguros e precisa que a professora esteja todo o momento incentivando e estimulando os alunos e acima de tudo respeitando a diferença de cada um, mas EJA é um trabalho extremamente gratificante, pois você faz o sonho deles o seu que é de conhecer e de entender o mundo que o cerca.

O ponto de partida de qualquer trabalho pedagógico deve ser a emoção. Como vimos, a emoção do aprendente apropria-se do que será apreendido e, desta forma, o afeto atua no início do processo de aprendizagem para canalizar a atenção e no final para ajudar a memória no resgate das informações. (CUNHA, 2008, p. 44).

Segue um link sobre: A importância da auto-estima na educação de jovens e adultos. http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-auto-estima-na-educacao-de-jovens-e-adultos/125185/#ixzz4ANbSncko

Estágio EJA - 28/04/2016

OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
Segundo dia de estagio do EJA. Ao chegar à escola me digeri-o para a sala de aula, pois a professora já estava em sala preparando a atividade e aguardando os alunos chegarem. Conservei como a professora sobre a aluna que eu tinha acompanhado e passei algumas observações que tinha feito, foi um momento muito agradável para mim e para ela, pois é um momento que agente reflete e busca alternativa de ensino para fazer com que aquele aluno possa progredir no conhecimento.
 Assim que os alunos vão chegando eles lancham para depois começar a atividade que a professora já tinha posto no quadro. Observei que a professora tinha colocado uma equação para eles resolver. Era uma equação bastante simples, mas o formato da equação os assustavam. Observar o nervosismo sobre a atividade, e com a professora não estava em sala eles faziam muitos comentários referentes à metodologia de trabalho da professora e que ela estava passando matemática de mais e se ela continuasse com estas atividades eles iriam parar de vir, fique meio sem jeito de ficar escudando isto e pude concluir que quando eles são instigados a sair da zona de conforto deles eles ficam muito nervosos e a primeira coisa que eles falam e de desistir.
Vendo a dificuldade dos alunos referente ao conteúdo de matemática, busquei aprender mais sobre as formas didáticas de trabalhar a matéria no EJA.
A aluna que eu iria acompanhar chega à sala, espero ela descansar um pouco e em seguida solicito a caderno dela para eu iniciar a atividade que a professora solicitou que eu aplicasse. Era uma atividade com carimbo, em que ela através das imagens ela deveria por o nome da figura, eu deixe ela bem à-vontade para fazer esta atividade e solicitei para ela fazer com bastante calma, pois eu não queria quantidade e sim qualidade e que ela aproveitasse aquele tempo, passei bastante acalma, pois havia verificado na última vez que estive como ela que ela era bastante insegura e isto acaba dificultando aprendizagem.
 Foi um tempo bastante agradável em que ela tirou algumas duvidas falou sobre os seus medos e também reclamo da professora e disse que ela iria desistir, pois os objetivos dela não estavam sento atingidos. Neste momento acabei fazendo com ela auto se avaliasse e compreendesse que ela tinha sim aprendido e que para os objetivos ficasse ainda melhora e se tornasse mais rápido e fácil bastava ela se dedicar e acreditar mais nela mesmo. Pude ver o sorriso dela neste momento em que ela verificou que ela está aprendendo.
Este estágio esta sendo algo muito gratificante para mim, pois estou aprendendo a compreender, escutar outro e também de ensinar de outra forma, pois cada um dos alunos que ali esta em algum momento das suas vidas seu sonhos foram interrompido ele buscam resgatar este sonho interrompido e mudar sua historia.

COMUNICANDO OS RESULTADOS
A linguagem matemática pode ser composta por diferentes tipos de registro, sejam eles orais ou escritos. É importante que os alunos da EJA aprendam a lidar com essa diversidade para expressar como os números e as operações aparecem no dia a dia e também para revelar a maneira como pensam e manipulam as informações - o que ajuda o professor a diagnosticar a aprendizagem. 

Estágio EJA - 25/04/2016

OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
Primeiro dia de estagio no EJA, ao chegar à escola fique esperando a professora ir para sala de aula, pois ainda não tinha chegou nem um aluno. Por volta das quinze para sete os alunos chegam. Quando todos chegam à professora conversa com eles e pergunta se eles querem lanchar, naquele dia era polenta com carne, pude notar pela conversa que a alguns deles vem direto do serviço. Eles terminam de comer e a professora inicia a aula ela faz no quadro o nome da escola, data, nome dela que era professora Fátima, e o nome dele.  Pude observar que era uma turma pequena, pois naquele dia havia três mulheres e três homens.
A professora antes de iniciar a aula ela pede para eu auxiliar uma aluna, esta aluna esta sendo alfabetizada, ela solicita que eu faça ditado, confesso que na hora fique perdida, pois eu nunca havia estado em uma sala de aula da EJA e também eu não sabia o que deveria ditar, perguntei para a professora que tipo de palavra deveria ditar e ela me orientou assim inicia com palavras mais fáceis e depois vai dificultando. Confesso que na hora me deu vontade de ir embora, pois queria ver como era o método de ensino da professora, mas como estou no estagio para aprender lá fui eu ditar palavra para a senhora.
Ao iniciar o ditado percebi que ela quase não tinha dificuldade, pois quando eu solicitava para ela ler a palavra para ela verificar se apalavras estava escrita corretamente ela reconhecia o erro e apagava, fiz um ditado com vinte palavras para e percebi que ela estava ficando cansada e pedi que ela descansasse um pouco.
Neste período observei a professora ela estava passando conteúdo de matemática para o restante da turma, eles estavam muito empolgados para fazer conta de multiplicação e divisão, neste momento percebi por que a aluna que eu estava ajudando estava cansada, pois verifiquei que a professora passava o conteúdo para eles e vai conversando e ajudando eles fazerem mais de uma forma bem descontraída. Ao notar que eu estava fazendo tudo errado e isto estava fazendo com que a aluna se cansasse eu comecei a conversar e fazer aquele ditado de uma forma mais agradável, pergunto para ela quais eram as palavras que ela tinha duvida de como se escreve e o que ela já sabia para me mostrar, assim o nosso ditado se tornou algo mais agradável.
Logo a professora passa na mesa e solicito eu que eu ditasse, mas dez palavras e estava bom e também a aluna me avisa que ela vai embora vinte para nove, faço o ditado e fico conversando com aluna ate ela ir embora. Quando ela vai embora vou ajudar outros alunos que estava resolvendo uma situação problema, mas eles são muito bons em matemática eles fazem a maioria do calculo mentalmente, a professora responde a pergunta no quadro para eles corrigem e ficam conversando com a professora, pude perceber que eles a têm com uma amiga eles falam para ela dos filhos, pais da família. Professora é muito amorosa e atenciosa com eles ela faz aquele momento em que eles estão ali um momento muito agradável e assim o meu primeiro dia de estagio.
Este primeiro dia de estagio foi um grande desafio eu não tinha ideia de como ajudar a aluna e acabei fazendo com que ela se cansasse, mas quando observei eu entendi como era o ritmo deles eu consertei o meu erro, mas foi muito bom este primeiro contato com o EJA.
Segue artigo: Uma análise reflexiva sobre Estágio em EJA.
            http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1940043


ESTÁGIO EJA - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 12/05/2016

Caracterização do Espaço Pedagógico
     1.1 ORGANIZAÇÃO GERAL
 Identificação da Unidade Escolar
Escola Municipal X – Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Rua: Isaac Ferreira da Cruz, 3560
CEP: 81910-000 – Sítio Cercado
Fone: 3349-3611



Contraturno da Escola Municipal X– Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Rua: Tijucas do Sul, nº 1100
CEP 81900-080 Sítio Cercado Fone: 3349-5308 

1.1.1      CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA FUNCIONAL DA ESCOLA
Modalidades de ensino ofertado
Educação Infantil = 03 turmas sendo 02 no período da manhã e 01 no período da tarde.
Ensino Fundamental – Ciclos I e II, períodos manhã e tarde;
Ciclo I
Ø  Etapa Inicial = 05 turmas sendo 03 no período da manhã e 02 no período da tarde;
Ø  1ª Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø  2ª Etapa = 06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde.

Ciclo II
Ø  1ª Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø  2ª Etapa =06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde;

Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Período noturno.
1º período = 02 turmas no período noturno;
2ª período = 02 turmas no período noturno;
(A proposta pedagógica da EJA está em estudos para adequação à Deliberação 008/00 do CEE – Normas para Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental e médio.)
Espaço de Contraturno
Os alunos atendidos são aqueles que as famílias apresentam necessidade por questões de trabalho, educandos que apresentam algum tipo de situação de risco e ainda educandos oriundos da rede estadual de ensino que tem matrícula garantida desde que estivessem no espaço antes da integração à escola.
Dispõe de 08 turmas, sendo 04 no período da manhã e 04 no período da tarde, estes estão divididos nas turmas por idade.
As crianças são atendidas por professores responsáveis pelas turmas e um dia na semana por professores de educação física, além de inspetor de alunos e coordenador geral do espaço que é o profissional que atende questões administrativas, organizacionais e pedagógicas, a Risotolândia com a alimentação (almoço e lanche), da empresa Higi Serv (limpeza) e a Summus para atendimento médico (como a escola também).

2.1 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

2.2.2 A FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A organização curricular para a Educação de Jovens e Adultos - Fase I está estruturada por disciplina/unidades temáticas que correspondem às disciplinas da Base Nacional Comum exigidas para oferta de Educação de Jovens e Adultos.  As Unidades Temáticas, organizadas por disciplinas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, Currículo Básico e Diretrizes Curriculares da Secretaria Municipal de Educação com abordagens que atendem às características específicas da Educação de Jovens e Adultos, recebendo a classificação de I a IV para as áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais e Arte, de I a III para as áreas de História e Geografia e Educação Física I e II.
A carga horária total para o curso de Educação de Jovens e Adultos é de 1.200 horas distribuídas em dois períodos sendo: 600 horas para o 1.º período (correspondente ao Ciclo I ou 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental) e 600 horas para o 2.º período (correspondente ao Ciclo II ou 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental), conforme matriz curricular.
As aulas são ofertadas no período noturno, no horário das 18 h às 22 horas. As turmas são organizadas com um mínimo de 15 alunos frequentando e, quando houver uma frequência de 30 alunos, a escola poderá abrir nova turma. Há a possibilidade de abrir quantas turmas forem necessárias sempre respeitando uma diferença de 15 alunos.
O processo ensino-aprendizagem dar-se-á em momentos de produções coletivas, em momentos de produção individual, em sala de aula, sob a orientação dos profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino.

2.2.3 CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
O Programa de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba destina-se ao atendimento de jovens acima de 14 anos e adultos que não tiveram acesso à escolarização referente à Fase I do Ensino Fundamental (correspondente aos Ciclos I e II), na idade própria ou que iniciaram a escolarização, mas não tiveram a possibilidade de continuá-la.
Para atender as reais necessidades de uma clientela adulta, buscou-se um programa inovador que apresenta as seguintes características estruturais e funcionais:
· Não seriação, o programa está estruturado em dois períodos correspondentes ao Ciclo I e ao Ciclo II do Ensino Fundamental;
· Não reprovação, o aluno é aprovado em cada unidade temática vencida respeitando-se, assim, o processo de construção do conhecimento;
· Apoia-se em material específico composto de 24 Unidades Temáticas;
· Frequência vinculada ao conteúdo, expressa em carga horária no trabalho com o material de apoio (Unidades Temáticas);
· Não desistência no programa, tendo em vista que o aluno poderá retornar a qualquer momento recomeçando os estudos do ponto onde parou;
· Sem calendário determinado para início e término do curso. A frequência é vinculada ao conteúdo expressa em carga horária no trabalho com o material de apoio (Unidades Temáticas) e outros recursos didáticos;
·  Permite transferência para outro sistema de ensino e vice-versa.
No volume 04 da Diretrizes Curriculares para Educação Municipal de Curitiba existem maiores orientações à respeito do histórico e dos objetivos da história da Educação de Jovens e Adultos, além de outras informações a respeito dessa modalidade de ensino.

2.2.4 CONTEÚDOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROPOSTAS, COM OS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos pretende formar cidadão que possa fazer interferências significativas na prática social, participando conscientemente. Para isso é imprescindível que ele desenvolva habilidades e competências que lhe possibilite agir autonomamente no mundo, conhecimentos esses que abranjam as leis da natureza e da sociedade, resultantes da produção humana enquanto totalidade, indispensáveis para o exercício da cidadania numa sociedade letrada.
A construção desse conhecimento é que permitirá que se desencadeie o processo de superação do senso comum apresentado pelo aluno.
O processo de elaboração da crítica pressupõe a passagem do conhecimento fundamentado na experiência do sujeito (senso comum) à totalidade orgânica do conhecimento, ou seja, a construção da síntese, resultado da apropriação das múltiplas determinações do fenômeno em estudo, produzidas historicamente.
A prática educativa é considerada como uma das instâncias em que a prática social se processa, requerendo, por esse motivo, a participação ativa do aluno no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, aprendizagem deixa de ser a acumulação de dados empíricos para ser o resultado de uma ação consciente do sujeito visando à apreensão do mundo.
Essa forma pela qual a realidade é apreendida, é que determina o seu significado sendo fundamental na questão da construção do saber escolar.
Para os alunos da EJA, o trabalho constitui-se na necessidade principal e urgente de suas vidas e faz parte de sua realidade imediata sendo esse o mais importante quadro de referência para o seu pensamento e ação. Compete ao currículo dinamizado organicamente pelo professor, ligar o saber trazido pelo aluno com o saber sistematizado, vinculando, desta forma prática e teoria, respaldado no domínio do saber, que lhe possibilita informar adequadamente o conhecimento, e numa concepção metodológica que dê unidade a todos os elementos que intervêm no processo ensino-aprendizagem.
Acredita-se que a superação da dicotomia entre o saber apresentado pelo aluno - que é o resultado da sua prática social - e de uma provável escolarização anterior e do saber escolar, poderá efetuar-se a partir do momento em que o educador adquira competência para aliar esses dois campos do conhecimento, utilizando tanto a observação criteriosa e sistemática do desempenho acadêmico do aluno, como a identificação dos conhecimentos que o aluno, no exercício de seu trabalho, descobre e faz uso.
Nesse enfoque, constitui requisito indispensável para um trabalho docente eficaz a clareza de que:
- O ponto de partida do processo deve ser relacionado com o conhecimento empírico que o jovem e o adulto já possuem, possibilitando-lhes desenvolver raciocínios mais complexos sobre sua realidade;
- A metodologia de ensino deve estimular seus alunos a atitudes transformadoras, não só naquilo que lhes é ministrado, mas no contexto geral, proporcionando-lhes a produção de conhecimentos úteis para a vida;
- Como a educação básica visa à aquisição do saber integrado às realidades sociais, é preciso que os conhecimentos construídos na escola, correspondam aos interesses do aluno e que estes possam auxiliá-los na compreensão da realidade, portanto, os métodos, conteúdos e processos não deverão ser infantilizados;
- O tratamento didático dos conteúdos e das práticas não pode se ausentar nem da especificidade da EJA e nem do caráter multidisciplinar e interdisciplinar dos componentes curriculares;
- O aluno deverá desenvolver a capacidade de perceber a relação entre os vários conhecimentos, entendendo as disciplinas como partes das áreas de conhecimentos que não estão prontas e acabadas, mas que deverão buscar uma compreensão mais ampla na realidade;
- As Unidades Temáticas, material elaborado e proposto para utilização dos alunos que participam do Programa de Educação de Jovens e Adultos na Rede Municipal de Ensino de Curitiba, não podem se constituir o único recurso didático a ser utilizado no processo ensino-aprendizagem, tão pouco devem limitar a ação docente/discente ao cumprimento de etapas de um percurso pré-determinado de aquisição de habilidades e conhecimentos.
Na perspectiva desta proposta, o processo ensino-aprendizagem é visto como um processo de interação professor-aluno, onde o professor instiga os alunos a noções, a formas de ação e a atitudes que eles não podem atingir por si mesmos de maneira espontânea e livre.

2.2.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
A avaliação, na perspectiva de educação de jovens e adultos, está dimensionada pelos pressupostos teórico-metodológicos de cada área do conhecimento, estando estreitamente vinculada a uma concepção de educação que visa mudanças na sociedade rumo a formas mais democráticas de convivência. Desta forma, a avaliação está inserida no processo ensino-aprendizagem, no qual o aluno é visto como um sujeito ativo em busca do conhecimento e a aprendizagem, conforme PINTO (1979, p. 362), acontece pela modificação da consciência do homem nas relações com o mundo. Assim, a aprendizagem deixa de ser acumulação mecânica de dados empíricos, passando a ser o resultado de um movimento que tem origem na consciência que se dirige ao mundo para apreendê-lo.
Como é na relação homem/mundo que o conhecimento se origina e pela qual o homem constrói, para si, representações da realidade, estas representações precisam ser consideradas, no momento da avaliação, como um conhecimento apresentado pelo aluno, num dado momento da sua vida, sempre sujeito à superação, quando à luz de novas experiências.
Nessa perspectiva, a postura do professor frente às alternativas de solução apresentadas pelo aluno, deve superar a simples verificação de acerto ou erro de respostas, fruto de uma concepção de saber pronto e acabado, e se contrapõe à exigência da simples memorização e reprodução crítica de dados pelo aluno, dirigindo-se para a investigação e reflexões das manifestações do aluno. A interpretação das respostas dadas, ao revelar como o aluno está pensando, subsidia a discussão das mesmas e aponta caminhos que levem a uma síntese superadora. Para que isto ocorra, é imprescindível a mediação do professor estabelecendo conexões entre o conhecimento oriundo da prática social do aluno e o conhecimento sistematizado. Assim, a avaliação não se constitui de momentos estanques, realizados ao final do processo, mas é entendida como ato integrante do processo ensino-aprendizagem, permeando-o totalmente.
A avaliação é entendida como prática de investigação e dinamização do processo de conhecimento. Isto pressupõe, enquanto investigação, a reflexão constante do professor sobre sua realidade e, enquanto dinamização exige tanto o acompanhamento dado ao aluno, passo a passo, no ato de conhecer, quanto a oportunização de novas situações de interação com o conhecimento, visando conduzir este aluno ao saber criticamente elaborado e com um significado no contexto da classe trabalhadora.
Na avaliação, para interpretação dos dados relevantes, não se utilizará à comparação entre os alunos, porém tomar-se-á como referência a posição do aluno em relação a determinados critérios tidos como indicadores de aprendizagem, isto é, aqueles relacionados aos valores e que formam a base de julgamento pelo professor.
Estes valores se apresentam sob a forma de conteúdos escolares considerados essenciais, e de ações que o aluno poderá realizar mediatizado por estes mesmos conteúdo. Deste modo, o conhecimento serve para instrumentalizar a ação do aluno.
Pretende-se que a avaliação seja um processo formativo e contínuo, de caráter participativo e dinamizador do processo de aquisição do conhecimento pelo aluno, possibilitando indicativos para a superação das dificuldades ocorridas durante o processo ensino-aprendizagem.
Na Educação de Jovens e Adultos para valorizar os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, quando este ingressar no programa e não apresentar documento de transferência, o mesmo deverá passar por um período de sondagem (classificação) realizado pelo professor, com o objetivo de identificar o nível de conhecimento em que o aluno se encontra.
Para realizar esta sondagem o professor utilizará vários instrumentos ou atividades que permitam verificar se o aluno venceu a unidade temática. Ele iniciará com as unidades temáticas de Língua Portuguesa I, Matemática I e assim que considerar vencida a UT, anotará na ficha Individual de Acompanhamento:
-  Data de início e término da unidade temática;
-   Parecer descritivo conclusivo por unidade temática.
Se o aluno apresentar documento de Transferência e Histórico Escolar, deverá ser matriculado na unidade temática posterior à correspondente ao período que já frequentou, observando a Matriz Curricular.
Quando a unidade temática for considerada vencida, mesmo que isso se comprove antes que o aluno complete o número de horas previsto inicialmente para o cumprimento da unidade, ser-lhe-á computada a carga horária total da unidade temática (% de frequência = 100%), pois se valorizará mais o conteúdo aprendido do que o tempo para isso estipulado.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos, em função das necessidades emergenciais da sua vida e sobrevivência, não consegue frequentar as aulas com regularidade. Assim, o cômputo da frequência não tomará por base os dias letivos, como acontece no ensino regular. Ela será, isto sim, obrigatória quanto ao conteúdo, ou seja, quanto ao tempo previsto para o trabalho com as Unidades Temáticas, a fim de que o acesso e a apropriação se efetivem.  Entende-se que o processo de construção do conhecimento não ocorre no mesmo ritmo e da mesma maneira entre os alunos. Ao aluno que, tendo frequentado a carga horária total da UT, não tiver se apropriado do conhecimento proposto será designado o número de horas necessárias para desenvolver as competências e habilidades não adquiridas no decorrer do processo. Assim, o professor utilizará a carga horária que se fizer necessária para o aluno, até que o mesmo demonstre efetivo conhecimento.
As unidades temáticas facilitarão a retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado, independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão registrados em Fichas Individuais de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e na documentação escolar oficial que compreende o Histórico Escolar e Relatório Final.
As Unidades Temáticas facilitarão a retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado, independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão registrados em Fichas Individuais de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e na documentação escolar oficial que compreende o Histórico Escolar e Relatório Final.

 





Estágio Educação Especial - Estudo de Caso

A FALTA DE INFORMAÇÃO DO PROFESSOR SOBRE O CID DO ALUNO K.A.M
   INTRODUÇÃO

        O presente trabalho apresenta o estudo de caso do aluno K.A.M de sete anos de idade que frequenta  um escola especial da rede municipal de Curitiba. O aluno em estudo chamou minha atenção devido o seu grau deficiência, e mesmo com toda a sua dificuldade demostra compreensão quando a professora esta aplicando o conteúdo didático.
        Com total ausência da fala, o aluno procura se manifestar através de gemidos e emissão de sons, e mesmo sem saber falar é muito alegre e sorridente e demostra compreensão quando falamos com ele.
No momento do estágio a professora me relata que o aluno K.A.M sofre de um doença degenerativa, mas que ela não sabia de fato de qual doença degenerativa ele tinha, ela me relata também que não havia muita perspectiva de progresso sobre o aluno, pois devido a sua doença ele só ira regredir. Esta fala da professora me chama atenção, pois todo o aluno deve ter acesso ao conhecimento independente da sua limitação, mesmo que desenvolvimento dele seja pequeno, por que todas as pessoas têm direito ao conhecimento.
Inicialmente inicie meu estudo de caso verificando as possibilidade de desenvolvimento do aluno K.A.M ,devido a falta de perspectiva que a professora tinha sobre o seu desenvolvimento.  
Ao iniciar meu estudo de caso sobre o aluno K.A.M tive acesso ao seu diagnostico, e através do seu CID 10 G 80.0 ,acabei verificando  que o aluno em estudo não sofria de uma doença degenerativa com a professora mencionou  e sim se tratava de Paralisia cerebral quadriplágica espástica e que a professora estava enganada sobre a doença do aluno.  
Com isso busquei neste estudo de caso compreender melhor o que é uma doença degenerativa e quais são as possibilidades de desenvolvimento que o aluno com Paralisia cerebral quadriplágica espástica.

  RELATO DA HISTORIA DO ALUNO K.A.M

Em conversa com a professora ela me relatou que o aluno K.A.M é de classe media baixa e vive apenas como a mãe e os irmãos, sua mãe é muito simples trabalha de diarista para complementar a renda familiar e que a mãe demostra tristeza ao falar da saúde do filho.
 A mãe relatou para professora que teve uma gestação tranquila, mas no momento do parto houve uma demora no atendimento e com isto acarretou em complicação na hora do parto, logo após o nascimento a criança teve que ser intubada na sala do parto, e horas depois seu quadro evoluiu com crises convulsivas e devido o seu estado de saúde, a criança ficou internado por alguns meses no hospital até sua melhora.
Quando o aluno K.A.M completou 1,2 anos recebeu um laudo médio que está em acompanhamento neurológico por atraso global no desenvolvimento neuropsicomotor secundário á hipóxia peri-natal, fonoaudiologia, neurologia e que necessita de cuidados intensivos de familiares para as atividades de vida diária (dependente). CID 10-G80.0.   
Em todo o momento em que estive observando o aluno K.A.M ele demostra muita alegria em viver, e todas as professora gostam dele e admiram pelo seu esforço para se comunicar e movimentar. Durante as aulas eles demostra muito interesse no conteúdo e sempre fica observando todos os movimentos da professora, ele participa ativamente da aula e faz todas as atividades propostas, mesmo com sua limitação ele consegue participar.
 Em um momento das observações do estagio, observei que quando o aluno K.A.M encontra alguma dificuldade em se movimentar com o braço direto, ele com sua mão esquerda da apoio para o braço direto para continuar fazendo a atividade, demostrando uma grande potencialidades, pois a dificuldade não faz ele parar a atividade, pelo o contrario as dificuldades faz com que ele busque outros meio de se movimentar.
O professor deve estar atento às formas de comunicação do aluno possibilitando assim o desenvolvimento global e suas potencialidades, pois o aluno em estudo K.A.M demostra muitas potencialidade, mas não esta sendo valorizado pela professora devido a falta de conhecimento sobre a doença que o aluno de fato tem que e Paralisia Cerebral.

PARALISIA CEREBRAL 

Paralisia Cerebral são os resultados de dano cerebral, que leva à incapacidade, dificuldade e o descontrole de músculos e de alguns movimentos do corpo. O termo cerebral quer dizer que a área afetada é o cérebro (Sistema Nervoso Central). Já a palavra Paralisia se refere ao dano no sistema nervoso central com as consequências afetando os músculos e a coordenação motora.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a paralisia cerebral ocorre na primeira infância, onde o cérebro está em plena maturação, porém muitos autores discutem essa idade-limite (TABITH, 1980).
As causas da Paralisia Cerebral podem ocorrer:
·         Antes do parto (pré-natais);
Uso de drogas, álcool ou medicamentos; ameaças de aborto; exposições a raios-x; doenças infecciosas (rubéola, sífilis); mãe diabética ou hipertensa.
·         Durante o parto (perinatais);
Falta de oxigênio no cérebro, ocasionando lesões nos neurônios (fato ocasionado muitas vezes por negligência médica); partos muito longos ou prematuros; uso incorreto do fórceps; hemorragia cerebral causada por estreitamento da bacia (TAVARES FILHO, 2005).
·         Após o parto. (pós-natais)
Infecções (Meningites, Encefalites); Traumatismo craniano; Acidente cérebro-vascular; asfixia; ingestão de veneno; insuficiência/parada respiratória; inflamações ou abscessos no cérebro.
               Principais variações e tipos de Paralisia Cerebral:
Pessoas afetadas pela Paralisia Cerebral podem apresentar diversas variações dessa deficiência. De acordo com Tabaquim (1996), os tipos mais freqüentes são:
·         Espasticidade, caracterizada por um aumento do tônus muscular com limitação da capacidade de relaxamento muscular da região envolvida.
·         Atetose, caracterizada pela presença de movimentos e posturas involuntários. Os sintomas podem piorar em situações de tensão emocional e podem ir embora durante o sono.
·         Ataxia, caracterizada pela perturbação da coordenação e do equilíbrio.

A tabela abaixo ira mostrar as classificação da paralisia cerebral, segundo MINEAR (1956), com tipos de disfunções motoras e topografia dos prejuízos.
Tipo
Disfunção Motora
Topografia
1
Espático
- Diplegia
- Quadriplegia
- Hemiplegia
- Dupla hemiplegia
- comprometimento maior dos membros inferiores;
- prejuízo equivalente aos quatro membros;
- comprometimento de um domínio corporal;
- membros superiores mais comprometidos.
2
Deiscinética
- Hipercinética ou Coreoatetóide
- Distônica
- movimento involuntário com presença de movimentação associada;
- tônus muscular variável induzido por movimentos voluntários.
3
Atáxica
- Dissinergia
- tremor intencional;
- dificuldades na manutenção do equilíbrio.
4
Mista
-Quadros associados
- predomínio do prejuízo motor com a presença de outras alterações
Fonte: TABAQUIM, 1996
Com isto podemos verificar que ao aluno em estudo tem um comprometimento no tônus muscular dos quatro membros, e não uma doença degenerativa, por que a doença degenerativa são aquela que altera o funcionamento normal de uma célula, tecido ou órgão. Que acabam provocam a degeneração de todo o organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. O excesso de peso, uma alimentação não saudável e uma vida sedentária são fatores que predispõe o aparecimento de doenças degenerativas.
 As principais doenças degenerativas são: Arteriosclerose, Mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, entre outras.

CONCLUSÃO

Como vimos há vários graus de paralisia, mas nem com um quadro degenerativo, com isto podemos concluir que o aluno K.A.M em estudo não sofre de uma doença degenerativa e sim de Paralisia cerebral quadriplágica espástica, pois o aluno apresenta todas as caraterística de uma criança Paralisia cerebral quadriplágica espástica que em sua principal característica é  comprometimento no tônus muscular dos quatro membros do corpo.
Podemos compreender também que as crianças com paralisia cerebral possuem habilidades suficientes para ser alfabetizadas, mas pode não ter a mesma habilidade e coordenação para a escrita.
As crianças com paralisia cerebral possuem um tempo de resposta diferente do nosso e preciso estar atenta a um sorriso e os movimentos corporais, para poder estimular e ajudar a criança desenvolver todos os seus potenciais.
Com isto concluo que o aluno em estudo K.A.M tem todas as potencialidades para se desenvolver, o que falta para o aluno é o conhecimento da professora referente ao seu CID para poder desenvolver suas habilidades.


REFERÊNCIAS

BOBATH, K.- Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisia cerebral. São Paulo, Editora Manole, 1978. 123p.

LIMA, César Luiz Andrade, FONSECA, Luiz Fernando; Paralisia Cerebral, 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.

TABAQUIM, Maria de Lourdes Merighi. Paralisia Cerebral: ensino de leitura e escrita. Bauru: EDUSC, 1996. p. 23-33.

TAVARES FILHO, Thomé Eliziário. Marginalidade e Inclusão Escolar. Rio de Janeiro: FEUFF, 2005.