Caracterização do
Espaço Pedagógico
1.1 ORGANIZAÇÃO
GERAL
Identificação da Unidade Escolar
Escola Municipal X – Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Rua: Isaac Ferreira da Cruz, 3560
CEP: 81910-000 – Sítio Cercado
Fone: 3349-3611
Contraturno da Escola Municipal X– Educação Infantil e Ensino
Fundamental.
Rua: Tijucas do Sul, nº 1100
CEP 81900-080 Sítio Cercado Fone: 3349-5308
1.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA FUNCIONAL DA
ESCOLA
Modalidades de ensino ofertado
Educação
Infantil = 03 turmas sendo 02 no período da manhã e 01 no
período da tarde.
Ensino
Fundamental – Ciclos I e II, períodos manhã e tarde;
Ciclo
I
Ø Etapa
Inicial = 05 turmas sendo 03 no período da manhã e 02 no período da tarde;
Ø 1ª
Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø 2ª
Etapa = 06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde.
Ciclo II
Ø 1ª
Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø 2ª
Etapa =06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Educação
de Jovens e Adultos (EJA) – Período noturno.
1º
período = 02 turmas no período noturno;
2ª
período = 02 turmas no período noturno;
(A
proposta pedagógica da EJA está em estudos para adequação à Deliberação 008/00
do CEE – Normas para Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental e médio.)
Espaço de Contraturno
Os alunos atendidos são aqueles que as famílias
apresentam necessidade por questões de trabalho, educandos que apresentam algum
tipo de situação de risco e ainda educandos oriundos da rede estadual de ensino
que tem matrícula garantida desde que estivessem no espaço antes da integração
à escola.
Dispõe de 08 turmas, sendo 04 no período da manhã e
04 no período da tarde, estes estão divididos nas turmas por idade.
As crianças são atendidas por professores
responsáveis pelas turmas e um dia na semana por professores de educação
física, além de inspetor de alunos e coordenador geral do espaço que é o
profissional que atende questões administrativas, organizacionais e
pedagógicas, a Risotolândia com a alimentação (almoço e lanche), da empresa
Higi Serv (limpeza) e a Summus para atendimento médico (como a escola também).
2.1
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2.2.2 A FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A
organização curricular para a Educação de Jovens e Adultos - Fase I está
estruturada por disciplina/unidades temáticas que correspondem às disciplinas
da Base Nacional Comum exigidas para oferta de Educação de Jovens e
Adultos. As Unidades Temáticas,
organizadas por disciplinas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais,
Currículo Básico e Diretrizes Curriculares da Secretaria Municipal de Educação
com abordagens que atendem às características específicas da Educação de Jovens
e Adultos, recebendo a classificação de I a IV para as áreas de Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais e Arte, de I a III para as áreas de
História e Geografia e Educação Física I e II.
A
carga horária total para o curso de Educação de Jovens e Adultos é de 1.200
horas distribuídas em dois períodos sendo: 600 horas para o 1.º período
(correspondente ao Ciclo I ou 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental) e 600 horas
para o 2.º período (correspondente ao Ciclo II ou 3ª e 4ª séries do Ensino
Fundamental), conforme matriz curricular.
As
aulas são ofertadas no período noturno, no horário das 18 h às 22 horas. As
turmas são organizadas com um mínimo de 15 alunos frequentando e, quando houver
uma frequência de 30 alunos, a escola poderá abrir nova turma. Há a
possibilidade de abrir quantas turmas forem necessárias sempre respeitando uma
diferença de 15 alunos.
O processo ensino-aprendizagem dar-se-á em momentos de
produções coletivas, em momentos de produção individual, em sala de aula, sob a
orientação dos profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino.
2.2.3 CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
O Programa de Educação de Jovens e
Adultos da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba destina-se ao atendimento
de jovens acima de 14 anos e adultos que não tiveram acesso à escolarização
referente à Fase I do Ensino Fundamental (correspondente aos Ciclos I e II), na
idade própria ou que iniciaram a escolarização, mas não tiveram a possibilidade
de continuá-la.
Para atender as reais necessidades
de uma clientela adulta, buscou-se um programa inovador que apresenta as
seguintes características estruturais e funcionais:
· Não
seriação, o programa está estruturado em dois períodos correspondentes ao
Ciclo I e ao Ciclo II do Ensino Fundamental;
· Não reprovação,
o aluno é aprovado em cada unidade temática vencida respeitando-se, assim, o
processo de construção do conhecimento;
· Apoia-se
em material específico composto de 24 Unidades Temáticas;
· Frequência
vinculada ao conteúdo, expressa em carga horária no trabalho com o material
de apoio (Unidades Temáticas);
· Não
desistência no programa, tendo em vista que o aluno poderá retornar a
qualquer momento recomeçando os estudos do ponto onde parou;
· Sem
calendário determinado para início e término do curso. A frequência é
vinculada ao conteúdo expressa em carga horária no trabalho com o material de
apoio (Unidades Temáticas) e outros recursos didáticos;
· Permite
transferência para outro sistema de ensino e vice-versa.
No volume 04 da Diretrizes
Curriculares para Educação Municipal de Curitiba existem maiores orientações à
respeito do histórico e dos objetivos da história da Educação de Jovens e
Adultos, além de outras informações a respeito dessa modalidade de ensino.
2.2.4 CONTEÚDOS,
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROPOSTAS, COM OS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e
Adultos pretende formar cidadão que possa fazer interferências significativas
na prática social, participando conscientemente. Para isso é imprescindível que
ele desenvolva habilidades e competências que lhe possibilite agir
autonomamente no mundo, conhecimentos esses que abranjam as leis da natureza e
da sociedade, resultantes da produção humana enquanto totalidade,
indispensáveis para o exercício da cidadania numa sociedade letrada.
A construção desse
conhecimento é que permitirá que se desencadeie o processo de superação do
senso comum apresentado pelo aluno.
O processo de elaboração
da crítica pressupõe a passagem do conhecimento fundamentado na experiência do
sujeito (senso comum) à totalidade orgânica do conhecimento, ou seja, a
construção da síntese, resultado da apropriação das múltiplas determinações do
fenômeno em estudo, produzidas historicamente.
A prática educativa é
considerada como uma das instâncias em que a prática social se processa,
requerendo, por esse motivo, a participação ativa do aluno no processo
ensino-aprendizagem. Desse modo, aprendizagem deixa de ser a acumulação de
dados empíricos para ser o resultado de uma ação consciente do sujeito visando
à apreensão do mundo.
Essa forma pela qual a
realidade é apreendida, é que determina o seu significado sendo fundamental na
questão da construção do saber escolar.
Para os alunos da EJA, o trabalho constitui-se na necessidade
principal e urgente de suas vidas e faz parte de sua realidade imediata sendo
esse o mais importante quadro de referência para o seu pensamento e ação.
Compete ao currículo dinamizado organicamente pelo professor, ligar o saber trazido
pelo aluno com o saber sistematizado, vinculando, desta forma prática e teoria,
respaldado no domínio do saber, que lhe possibilita informar adequadamente o
conhecimento, e numa concepção metodológica que dê unidade a todos os elementos
que intervêm no processo ensino-aprendizagem.
Acredita-se que a superação da dicotomia entre o saber
apresentado pelo aluno - que é o resultado da sua prática social - e de uma
provável escolarização anterior e do saber escolar, poderá efetuar-se a partir
do momento em que o educador adquira competência para aliar esses dois campos
do conhecimento, utilizando tanto a observação criteriosa e sistemática do
desempenho acadêmico do aluno, como a identificação dos conhecimentos que o
aluno, no exercício de seu trabalho, descobre e faz uso.
Nesse enfoque, constitui requisito indispensável para um
trabalho docente eficaz a clareza de que:
- O ponto de partida do processo deve ser relacionado
com o conhecimento empírico que o jovem e o adulto já
possuem, possibilitando-lhes desenvolver raciocínios mais complexos sobre sua
realidade;
- A metodologia de ensino deve estimular seus alunos
a atitudes transformadoras, não só naquilo que lhes é ministrado, mas no
contexto geral, proporcionando-lhes a produção de conhecimentos úteis para a
vida;
- Como a educação básica visa à aquisição do saber
integrado às realidades sociais, é preciso que os conhecimentos construídos na escola,
correspondam aos interesses do aluno e que estes possam auxiliá-los na
compreensão da realidade, portanto, os métodos, conteúdos e processos não
deverão ser infantilizados;
- O tratamento didático dos conteúdos e das práticas
não pode se ausentar nem da especificidade da EJA e nem do caráter
multidisciplinar e interdisciplinar dos componentes curriculares;
- O aluno deverá desenvolver a capacidade de perceber
a relação entre os vários conhecimentos, entendendo as disciplinas como partes
das áreas de conhecimentos que não estão prontas e acabadas, mas que deverão
buscar uma compreensão mais ampla na realidade;
- As Unidades Temáticas, material elaborado e
proposto para utilização dos alunos que participam do Programa de Educação de
Jovens e Adultos na Rede Municipal de Ensino de Curitiba, não podem se
constituir o único recurso didático a ser utilizado no processo
ensino-aprendizagem, tão pouco devem limitar a ação docente/discente ao
cumprimento de etapas de um percurso pré-determinado de aquisição de
habilidades e conhecimentos.
Na perspectiva desta
proposta, o processo ensino-aprendizagem é visto como um processo de interação
professor-aluno, onde o professor instiga os alunos a noções, a formas de ação
e a atitudes que eles não podem atingir por si mesmos de maneira espontânea e
livre.
2.2.5
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
A avaliação, na perspectiva
de educação de jovens e adultos, está dimensionada pelos pressupostos
teórico-metodológicos de cada área do conhecimento, estando estreitamente
vinculada a uma concepção de educação que visa mudanças na sociedade rumo a
formas mais democráticas de convivência. Desta forma, a avaliação está inserida
no processo ensino-aprendizagem, no qual o aluno é visto como um sujeito ativo
em busca do conhecimento e a aprendizagem, conforme PINTO (1979, p. 362),
acontece pela modificação da consciência do homem nas relações com o mundo.
Assim, a aprendizagem deixa de ser acumulação mecânica de dados empíricos,
passando a ser o resultado de um movimento que tem origem na consciência que se
dirige ao mundo para apreendê-lo.
Como é na relação
homem/mundo que o conhecimento se origina e pela qual o homem constrói, para
si, representações da realidade, estas representações precisam ser
consideradas, no momento da avaliação, como um conhecimento apresentado pelo
aluno, num dado momento da sua vida, sempre sujeito à superação, quando à luz
de novas experiências.
Nessa perspectiva, a
postura do professor frente às alternativas de solução apresentadas pelo aluno,
deve superar a simples verificação de acerto ou erro de respostas, fruto de uma
concepção de saber pronto e acabado, e se contrapõe à exigência da simples
memorização e reprodução crítica de dados pelo aluno, dirigindo-se para a
investigação e reflexões das manifestações do aluno. A interpretação das
respostas dadas, ao revelar como o aluno está pensando, subsidia a discussão
das mesmas e aponta caminhos que levem a uma síntese superadora. Para que isto
ocorra, é imprescindível a mediação do professor estabelecendo conexões entre o
conhecimento oriundo da prática social do aluno e o conhecimento sistematizado.
Assim, a avaliação não se constitui de momentos estanques, realizados ao final
do processo, mas é entendida como ato integrante do processo
ensino-aprendizagem, permeando-o totalmente.
A avaliação é
entendida como prática de investigação e dinamização do processo de
conhecimento. Isto pressupõe, enquanto investigação, a reflexão constante do
professor sobre sua realidade e, enquanto dinamização exige tanto o
acompanhamento dado ao aluno, passo a passo, no ato de conhecer, quanto a
oportunização de novas situações de interação com o conhecimento, visando
conduzir este aluno ao saber criticamente elaborado e com um significado no
contexto da classe trabalhadora.
Na avaliação, para
interpretação dos dados relevantes, não se utilizará à comparação entre os
alunos, porém tomar-se-á como referência a posição do aluno em relação a
determinados critérios tidos como indicadores de aprendizagem, isto é, aqueles
relacionados aos valores e que formam a base de julgamento pelo professor.
Estes
valores se apresentam sob a forma de conteúdos escolares considerados
essenciais, e de ações que o aluno poderá realizar mediatizado por estes mesmos
conteúdo. Deste modo, o conhecimento serve para instrumentalizar a ação do
aluno.
Pretende-se que a avaliação seja um processo formativo e
contínuo, de caráter participativo e dinamizador do processo de aquisição do
conhecimento pelo aluno, possibilitando indicativos para a superação das
dificuldades ocorridas durante o processo ensino-aprendizagem.
Na Educação de Jovens e
Adultos para valorizar os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, quando este
ingressar no programa e não apresentar documento de transferência, o mesmo
deverá passar por um período de sondagem (classificação) realizado pelo
professor, com o objetivo de identificar o nível de conhecimento em que o aluno
se encontra.
Para realizar esta sondagem o professor utilizará vários
instrumentos ou atividades que permitam verificar se o aluno venceu a unidade
temática. Ele iniciará com as unidades temáticas de Língua Portuguesa I,
Matemática I e assim que considerar vencida a UT, anotará na ficha Individual
de Acompanhamento:
- Data de início e término da unidade temática;
- Parecer descritivo conclusivo por unidade
temática.
Se o aluno apresentar documento de
Transferência e Histórico Escolar, deverá ser matriculado na unidade temática
posterior à correspondente ao período que já frequentou, observando a Matriz
Curricular.
Quando
a unidade temática for considerada vencida, mesmo que isso se comprove antes
que o aluno complete o número de horas previsto inicialmente para o cumprimento
da unidade, ser-lhe-á computada a carga horária total da unidade temática (% de
frequência = 100%), pois se valorizará mais o conteúdo aprendido do que o tempo
para isso estipulado.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos, em função das
necessidades emergenciais da sua vida e sobrevivência, não consegue frequentar
as aulas com regularidade. Assim, o cômputo da frequência não tomará por base
os dias letivos, como acontece no ensino regular. Ela será, isto sim, obrigatória quanto ao conteúdo, ou seja, quanto ao tempo
previsto para o trabalho com as Unidades Temáticas, a fim de que o acesso e a
apropriação se efetivem. Entende-se que
o processo de construção do conhecimento não ocorre no mesmo ritmo e da mesma
maneira entre os alunos. Ao aluno que, tendo frequentado a carga horária total
da UT, não tiver se apropriado do conhecimento proposto será designado o número
de horas necessárias para desenvolver as competências e habilidades não
adquiridas no decorrer do processo. Assim, o professor utilizará a carga
horária que se fizer necessária para o aluno, até que o mesmo demonstre efetivo
conhecimento.
As unidades temáticas facilitarão a
retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado,
independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a
seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para
assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo
contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo
aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer
período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de
justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da
matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto
de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto
matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão registrados em Fichas Individuais
de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e na documentação escolar oficial que
compreende o Histórico Escolar e Relatório Final.
As Unidades Temáticas facilitarão a
retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado,
independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a
seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para
assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo
contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo
aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer
período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de
justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da
matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto
de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto
matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão
registrados em
Fichas Individuais de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e
na documentação escolar oficial que compreende o Histórico Escolar e Relatório
Final.