sexta-feira, 3 de junho de 2016

ESTÁGIO EJA - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 12/05/2016

Caracterização do Espaço Pedagógico
     1.1 ORGANIZAÇÃO GERAL
 Identificação da Unidade Escolar
Escola Municipal X – Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Rua: Isaac Ferreira da Cruz, 3560
CEP: 81910-000 – Sítio Cercado
Fone: 3349-3611



Contraturno da Escola Municipal X– Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Rua: Tijucas do Sul, nº 1100
CEP 81900-080 Sítio Cercado Fone: 3349-5308 

1.1.1      CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA FUNCIONAL DA ESCOLA
Modalidades de ensino ofertado
Educação Infantil = 03 turmas sendo 02 no período da manhã e 01 no período da tarde.
Ensino Fundamental – Ciclos I e II, períodos manhã e tarde;
Ciclo I
Ø  Etapa Inicial = 05 turmas sendo 03 no período da manhã e 02 no período da tarde;
Ø  1ª Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø  2ª Etapa = 06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde.

Ciclo II
Ø  1ª Etapa = 05 turmas sendo 02 no período da manhã e 03 no período da tarde;
Ø  2ª Etapa =06 turmas sendo 03 no período da manhã e 03 no período da tarde;

Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Período noturno.
1º período = 02 turmas no período noturno;
2ª período = 02 turmas no período noturno;
(A proposta pedagógica da EJA está em estudos para adequação à Deliberação 008/00 do CEE – Normas para Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental e médio.)
Espaço de Contraturno
Os alunos atendidos são aqueles que as famílias apresentam necessidade por questões de trabalho, educandos que apresentam algum tipo de situação de risco e ainda educandos oriundos da rede estadual de ensino que tem matrícula garantida desde que estivessem no espaço antes da integração à escola.
Dispõe de 08 turmas, sendo 04 no período da manhã e 04 no período da tarde, estes estão divididos nas turmas por idade.
As crianças são atendidas por professores responsáveis pelas turmas e um dia na semana por professores de educação física, além de inspetor de alunos e coordenador geral do espaço que é o profissional que atende questões administrativas, organizacionais e pedagógicas, a Risotolândia com a alimentação (almoço e lanche), da empresa Higi Serv (limpeza) e a Summus para atendimento médico (como a escola também).

2.1 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

2.2.2 A FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A organização curricular para a Educação de Jovens e Adultos - Fase I está estruturada por disciplina/unidades temáticas que correspondem às disciplinas da Base Nacional Comum exigidas para oferta de Educação de Jovens e Adultos.  As Unidades Temáticas, organizadas por disciplinas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, Currículo Básico e Diretrizes Curriculares da Secretaria Municipal de Educação com abordagens que atendem às características específicas da Educação de Jovens e Adultos, recebendo a classificação de I a IV para as áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais e Arte, de I a III para as áreas de História e Geografia e Educação Física I e II.
A carga horária total para o curso de Educação de Jovens e Adultos é de 1.200 horas distribuídas em dois períodos sendo: 600 horas para o 1.º período (correspondente ao Ciclo I ou 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental) e 600 horas para o 2.º período (correspondente ao Ciclo II ou 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental), conforme matriz curricular.
As aulas são ofertadas no período noturno, no horário das 18 h às 22 horas. As turmas são organizadas com um mínimo de 15 alunos frequentando e, quando houver uma frequência de 30 alunos, a escola poderá abrir nova turma. Há a possibilidade de abrir quantas turmas forem necessárias sempre respeitando uma diferença de 15 alunos.
O processo ensino-aprendizagem dar-se-á em momentos de produções coletivas, em momentos de produção individual, em sala de aula, sob a orientação dos profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino.

2.2.3 CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
O Programa de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba destina-se ao atendimento de jovens acima de 14 anos e adultos que não tiveram acesso à escolarização referente à Fase I do Ensino Fundamental (correspondente aos Ciclos I e II), na idade própria ou que iniciaram a escolarização, mas não tiveram a possibilidade de continuá-la.
Para atender as reais necessidades de uma clientela adulta, buscou-se um programa inovador que apresenta as seguintes características estruturais e funcionais:
· Não seriação, o programa está estruturado em dois períodos correspondentes ao Ciclo I e ao Ciclo II do Ensino Fundamental;
· Não reprovação, o aluno é aprovado em cada unidade temática vencida respeitando-se, assim, o processo de construção do conhecimento;
· Apoia-se em material específico composto de 24 Unidades Temáticas;
· Frequência vinculada ao conteúdo, expressa em carga horária no trabalho com o material de apoio (Unidades Temáticas);
· Não desistência no programa, tendo em vista que o aluno poderá retornar a qualquer momento recomeçando os estudos do ponto onde parou;
· Sem calendário determinado para início e término do curso. A frequência é vinculada ao conteúdo expressa em carga horária no trabalho com o material de apoio (Unidades Temáticas) e outros recursos didáticos;
·  Permite transferência para outro sistema de ensino e vice-versa.
No volume 04 da Diretrizes Curriculares para Educação Municipal de Curitiba existem maiores orientações à respeito do histórico e dos objetivos da história da Educação de Jovens e Adultos, além de outras informações a respeito dessa modalidade de ensino.

2.2.4 CONTEÚDOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROPOSTAS, COM OS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos pretende formar cidadão que possa fazer interferências significativas na prática social, participando conscientemente. Para isso é imprescindível que ele desenvolva habilidades e competências que lhe possibilite agir autonomamente no mundo, conhecimentos esses que abranjam as leis da natureza e da sociedade, resultantes da produção humana enquanto totalidade, indispensáveis para o exercício da cidadania numa sociedade letrada.
A construção desse conhecimento é que permitirá que se desencadeie o processo de superação do senso comum apresentado pelo aluno.
O processo de elaboração da crítica pressupõe a passagem do conhecimento fundamentado na experiência do sujeito (senso comum) à totalidade orgânica do conhecimento, ou seja, a construção da síntese, resultado da apropriação das múltiplas determinações do fenômeno em estudo, produzidas historicamente.
A prática educativa é considerada como uma das instâncias em que a prática social se processa, requerendo, por esse motivo, a participação ativa do aluno no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, aprendizagem deixa de ser a acumulação de dados empíricos para ser o resultado de uma ação consciente do sujeito visando à apreensão do mundo.
Essa forma pela qual a realidade é apreendida, é que determina o seu significado sendo fundamental na questão da construção do saber escolar.
Para os alunos da EJA, o trabalho constitui-se na necessidade principal e urgente de suas vidas e faz parte de sua realidade imediata sendo esse o mais importante quadro de referência para o seu pensamento e ação. Compete ao currículo dinamizado organicamente pelo professor, ligar o saber trazido pelo aluno com o saber sistematizado, vinculando, desta forma prática e teoria, respaldado no domínio do saber, que lhe possibilita informar adequadamente o conhecimento, e numa concepção metodológica que dê unidade a todos os elementos que intervêm no processo ensino-aprendizagem.
Acredita-se que a superação da dicotomia entre o saber apresentado pelo aluno - que é o resultado da sua prática social - e de uma provável escolarização anterior e do saber escolar, poderá efetuar-se a partir do momento em que o educador adquira competência para aliar esses dois campos do conhecimento, utilizando tanto a observação criteriosa e sistemática do desempenho acadêmico do aluno, como a identificação dos conhecimentos que o aluno, no exercício de seu trabalho, descobre e faz uso.
Nesse enfoque, constitui requisito indispensável para um trabalho docente eficaz a clareza de que:
- O ponto de partida do processo deve ser relacionado com o conhecimento empírico que o jovem e o adulto já possuem, possibilitando-lhes desenvolver raciocínios mais complexos sobre sua realidade;
- A metodologia de ensino deve estimular seus alunos a atitudes transformadoras, não só naquilo que lhes é ministrado, mas no contexto geral, proporcionando-lhes a produção de conhecimentos úteis para a vida;
- Como a educação básica visa à aquisição do saber integrado às realidades sociais, é preciso que os conhecimentos construídos na escola, correspondam aos interesses do aluno e que estes possam auxiliá-los na compreensão da realidade, portanto, os métodos, conteúdos e processos não deverão ser infantilizados;
- O tratamento didático dos conteúdos e das práticas não pode se ausentar nem da especificidade da EJA e nem do caráter multidisciplinar e interdisciplinar dos componentes curriculares;
- O aluno deverá desenvolver a capacidade de perceber a relação entre os vários conhecimentos, entendendo as disciplinas como partes das áreas de conhecimentos que não estão prontas e acabadas, mas que deverão buscar uma compreensão mais ampla na realidade;
- As Unidades Temáticas, material elaborado e proposto para utilização dos alunos que participam do Programa de Educação de Jovens e Adultos na Rede Municipal de Ensino de Curitiba, não podem se constituir o único recurso didático a ser utilizado no processo ensino-aprendizagem, tão pouco devem limitar a ação docente/discente ao cumprimento de etapas de um percurso pré-determinado de aquisição de habilidades e conhecimentos.
Na perspectiva desta proposta, o processo ensino-aprendizagem é visto como um processo de interação professor-aluno, onde o professor instiga os alunos a noções, a formas de ação e a atitudes que eles não podem atingir por si mesmos de maneira espontânea e livre.

2.2.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
A avaliação, na perspectiva de educação de jovens e adultos, está dimensionada pelos pressupostos teórico-metodológicos de cada área do conhecimento, estando estreitamente vinculada a uma concepção de educação que visa mudanças na sociedade rumo a formas mais democráticas de convivência. Desta forma, a avaliação está inserida no processo ensino-aprendizagem, no qual o aluno é visto como um sujeito ativo em busca do conhecimento e a aprendizagem, conforme PINTO (1979, p. 362), acontece pela modificação da consciência do homem nas relações com o mundo. Assim, a aprendizagem deixa de ser acumulação mecânica de dados empíricos, passando a ser o resultado de um movimento que tem origem na consciência que se dirige ao mundo para apreendê-lo.
Como é na relação homem/mundo que o conhecimento se origina e pela qual o homem constrói, para si, representações da realidade, estas representações precisam ser consideradas, no momento da avaliação, como um conhecimento apresentado pelo aluno, num dado momento da sua vida, sempre sujeito à superação, quando à luz de novas experiências.
Nessa perspectiva, a postura do professor frente às alternativas de solução apresentadas pelo aluno, deve superar a simples verificação de acerto ou erro de respostas, fruto de uma concepção de saber pronto e acabado, e se contrapõe à exigência da simples memorização e reprodução crítica de dados pelo aluno, dirigindo-se para a investigação e reflexões das manifestações do aluno. A interpretação das respostas dadas, ao revelar como o aluno está pensando, subsidia a discussão das mesmas e aponta caminhos que levem a uma síntese superadora. Para que isto ocorra, é imprescindível a mediação do professor estabelecendo conexões entre o conhecimento oriundo da prática social do aluno e o conhecimento sistematizado. Assim, a avaliação não se constitui de momentos estanques, realizados ao final do processo, mas é entendida como ato integrante do processo ensino-aprendizagem, permeando-o totalmente.
A avaliação é entendida como prática de investigação e dinamização do processo de conhecimento. Isto pressupõe, enquanto investigação, a reflexão constante do professor sobre sua realidade e, enquanto dinamização exige tanto o acompanhamento dado ao aluno, passo a passo, no ato de conhecer, quanto a oportunização de novas situações de interação com o conhecimento, visando conduzir este aluno ao saber criticamente elaborado e com um significado no contexto da classe trabalhadora.
Na avaliação, para interpretação dos dados relevantes, não se utilizará à comparação entre os alunos, porém tomar-se-á como referência a posição do aluno em relação a determinados critérios tidos como indicadores de aprendizagem, isto é, aqueles relacionados aos valores e que formam a base de julgamento pelo professor.
Estes valores se apresentam sob a forma de conteúdos escolares considerados essenciais, e de ações que o aluno poderá realizar mediatizado por estes mesmos conteúdo. Deste modo, o conhecimento serve para instrumentalizar a ação do aluno.
Pretende-se que a avaliação seja um processo formativo e contínuo, de caráter participativo e dinamizador do processo de aquisição do conhecimento pelo aluno, possibilitando indicativos para a superação das dificuldades ocorridas durante o processo ensino-aprendizagem.
Na Educação de Jovens e Adultos para valorizar os conhecimentos já adquiridos pelo aluno, quando este ingressar no programa e não apresentar documento de transferência, o mesmo deverá passar por um período de sondagem (classificação) realizado pelo professor, com o objetivo de identificar o nível de conhecimento em que o aluno se encontra.
Para realizar esta sondagem o professor utilizará vários instrumentos ou atividades que permitam verificar se o aluno venceu a unidade temática. Ele iniciará com as unidades temáticas de Língua Portuguesa I, Matemática I e assim que considerar vencida a UT, anotará na ficha Individual de Acompanhamento:
-  Data de início e término da unidade temática;
-   Parecer descritivo conclusivo por unidade temática.
Se o aluno apresentar documento de Transferência e Histórico Escolar, deverá ser matriculado na unidade temática posterior à correspondente ao período que já frequentou, observando a Matriz Curricular.
Quando a unidade temática for considerada vencida, mesmo que isso se comprove antes que o aluno complete o número de horas previsto inicialmente para o cumprimento da unidade, ser-lhe-á computada a carga horária total da unidade temática (% de frequência = 100%), pois se valorizará mais o conteúdo aprendido do que o tempo para isso estipulado.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos, em função das necessidades emergenciais da sua vida e sobrevivência, não consegue frequentar as aulas com regularidade. Assim, o cômputo da frequência não tomará por base os dias letivos, como acontece no ensino regular. Ela será, isto sim, obrigatória quanto ao conteúdo, ou seja, quanto ao tempo previsto para o trabalho com as Unidades Temáticas, a fim de que o acesso e a apropriação se efetivem.  Entende-se que o processo de construção do conhecimento não ocorre no mesmo ritmo e da mesma maneira entre os alunos. Ao aluno que, tendo frequentado a carga horária total da UT, não tiver se apropriado do conhecimento proposto será designado o número de horas necessárias para desenvolver as competências e habilidades não adquiridas no decorrer do processo. Assim, o professor utilizará a carga horária que se fizer necessária para o aluno, até que o mesmo demonstre efetivo conhecimento.
As unidades temáticas facilitarão a retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado, independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão registrados em Fichas Individuais de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e na documentação escolar oficial que compreende o Histórico Escolar e Relatório Final.
As Unidades Temáticas facilitarão a retomada dos estudos, pelo aluno, do ponto em que houver parado, independentemente da frequência em períodos contínuos. Desta forma elimina-se a seriação e a reprovação, tornando-se a avaliação um importante fator para assegurar a permanência do aluno jovens e adultos na escola, uma vez que, sendo contínua e não admitindo retrocesso, valoriza todos os avanços obtidos pelo aluno.
O aluno poderá entrar e sair do programa em qualquer período do ano letivo, mas, enquanto estiver matriculado, tem o compromisso de justificar a sua ausência, quando necessária, que é assumida no ato da matrícula. Isto deve ficar bem esclarecido para que não ocorra um número alto de ausências consecutivas, pois o compromisso de frequência, enquanto matriculado no programa, é o mesmo de qualquer aluno.
Os resultados das avaliações serão registrados em Fichas Individuais de Acompanhamento com Parecer Conclusivo e na documentação escolar oficial que compreende o Histórico Escolar e Relatório Final.

 





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